A Cross the Universe - Review

NOTA: Contém SPOILERS. Se estão interessados em ver e manter o efeito surpresa, não leiam e vão mas é ver o DVD. No meu caso, eu já sabia da maior parte das coisas antes de ver o documentário, o que me deixou ainda mais curiosa...

Bebedeira, música aos berros, polícia, vagabundos, gajas histéricas... é mais uma sequela do American Pie? Não, é o DVD "A Cross the Universe", lançado pelos Justice em 2008,num pack que inclui um álbum ao vivo.

Pormenores técnicos à parte, este documentário pretendeu seguir os Justice na sua tour pelos Estados Unidos. E lá vão o Gaspard e o Xavier todos contentes.

Em resumo - porque não sou crítica de cinema nem me pagam pra isto - vale a pena ver para dar umas gargalhadas. Há zooms de mamas, há bebedeiras, há o Xavier a tocar pianinho (o gajo até que percebe), há o Gaspard a casar em Las Vegas com uma gaja que tinha conhecido há dias, o que, by the way, me permite enunciar os meus momentos preferidos:

- Xavier a cantar o refrão da "Under the bridge" ao Anthony Kiedis, vocalista dos Red Hot (e a cara do gajo não tem preço, a sério...);

- Gaspard a tentar pedir água no drive do Burger King (ahahahahahah);

- O Xavier, todo comido de sono, colado no decote de uma jornalista que o entrevistava;

- A cara de puro tédio do Xavier durante a cerimónia de casamento do Gaspard em Las Vegas (eu acho que ele tinha era ciúmes...);

- O Xavier a partir uma garrafa na cabeça dum gajo e a andar à porrada

- O manager (também ao serviço dos Daft Punk... by the way, onde andam eles? Around the world?) que acaba por ser protagonista de cenas engraçadas, e nos dá umas quantas lições acerca de... armas.

No final, "A Cross the Universe" é simples: um documentário estilo home made, com muita propaganda (a banda sonora é tudo Justice - sejam originais, sejam remixes - à excepção da última faixa, e vemos muitas vezes a cruz), com os Justice a mostrarem o seu lado cool e rebelde. A parte gira é não saber até que ponto é natural e até que ponto é feito para as câmaras. Porreiro foi terem incluído pequenos trechos de actuações ao vivo, levando-nos (pelo menos a mim) a desejar estar lá, no meio daquela maluqueira e daquelas batidas electro fdp.
E ainda se aprende umas coisitas: bando de enrabados em francês? Bande d'enculés.

Um outro resultado final: com a mediatização dos Justice por esse mundo fora (quando se conquista a América, já se conquistou tudo), tudo leva a crer que os Daft Punk são agora uma recordação distante daquilo que era o electro nos anos 90. Por agora, os Justice estão harder, better, faster, stronger.

Quem viu, diga coisas. Quem não viu, não sei de que é que está à espera.